Sede Própria | Morvan55 Copy
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HISTÓRICO:  DO SONHO À REALIDADE, OPOSIÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO

 

Como todo Grupo Escoteiro ou qualquer outra entidade, o sonho em adquirir uma sede própria, embalava uma parte de todos nós, pois é quase um atestado que garantiria a continuidade do Grupo Morvan.

 

O Grupo já estava grande, na época entre os anos 1990 a 2002 o nosso GE figurou como um dos 5 maiores do Brasil, contando com 3 Alcateias, 2 Tropas de Escoteiros, 1 Tropa de Escoteiras, 1 Tropa de Seniores, 1 Tropa de Guias e um Clã Pioneiro que no seu auge teve 32 membros atuantes, e sem vagas para oferecer, tendo um movimento financeiro  satisfatório, com a arrecadação de mensalidades e diversas atividades sociais, com fins financeiros.

Quem iniciou a ideia, argumentando sobre a possibilidade de conseguirmos realizar o sonho foi o Chefe IM Flavio Gomes Coelho, Diretor Presidente, mas ninguém acreditava muito, rotulando como uma atitude utópica, pois a cidade de Santos não tem mais periferia ou terrenos disponíveis, e por esse motivo, o preço do m2 é muito caro.

 

O convencimento foi feito “ombro a ombro” e aqueles que acreditavam e estavam dispostos a tocar o Projeto eram até chamados de loucos... Um Grupo com sede própria, em Santos, com o preço dos imóveis? Duvido! Ouvia-se falar!

Mas, como Deus é Escoteiro, resolveu dar uma “mãozinha” e fez com que uma casa fosse colocada à venda pertinho do colégio que estávamos sediados. O que reforçou a nossa vontade é que naquele imóvel tinha residido o fundador do nosso Grupo, Chefe Cristiano Solano. Uma feliz coincidência!

 

Mas, havia alguns empecilhos: a casa estava abandonada pelo proprietário que residia em São Paulo, estava condenada pela Prefeitura, e teria que ser demolida. O terreno era muito estreito medindo 6 m. de largura por 42 m de comprimento, um salsichão, logo apelidado de “Túnel do Tempo”!

 

Após localizarmos o proprietário, entramos em negociação sobre os valores e, já com uma boa parte de membros do Grupo apoiando, buscamos ampliar o número de pessoas favoráveis à compra. Estava difícil, mas continuamos a insistir no convencimento. Neste período foram feitas duas Assembleias Extraordinárias buscando apoio dos pais. Em ambas, confirmaram o apoio!

 

Pretendíamos fazer uma contra proposta ao proprietário, nos responsabilizando pela derrubada da casa, mas não tínhamos a verba para isso. Sem mencionar que os vizinhos estavam processando o proprietário, por abandono do imóvel. Nesse momento a Prefeitura criou um Projeto Comunitário que oferecia parceria para a realização de um trabalho profissional em um bairro comunitário, oferecendo palestras sobre direitos humanos, medicina, higiene, odontologia, advocacia e outros assuntos. Nesta parceria a Prefeitura entraria com a verba e nós com os profissionais.

 

Conseguimos formalizar essa parceria, pois o Grupo tinha todos os profissionais  necessários para o Projeto.  Quando os profissionais receberam seus honorários, doaram ao Grupo toda a remuneração recebida.

 

Mesmo sem ser unanimidade, foi decidido pela maioria que faríamos uma proposta de compra para a casa.

Já tínhamos uma verba razoável para efetivarmos uma contra oferta e assim foi feito. Após muita negociação oferecemos R$ 45.000,00 à vista e ele contra ofertou R$ 50.000,00. Outra grande negociação ocorreu e ele aceitou o pagamento parcelado dos R$ 5.000,00 em 5 pagamentos mensais. Nós ficaríamos com o imóvel e com os problemas. Enfim, o imóvel era nosso!

Conversamos com os vizinhos para retirarem os processos que nós derrubaríamos a casa e consertaríamos as paredes geminadas, de ambos os vizinhos, com rachaduras e vazamentos. Aceitaram em um voto de confiança e retiraram os processos.

 

Tínhamos que derrubar o imóvel na data pré-estipulada pela Prefeitura e, apesar da Tropa Sênior e o Clã insistissem em fazer o trabalho, por segurança, optamos pelo serviço de uma firma especializada, de um ex-Escoteiro do nosso Grupo, Gustavo de Araújo Nunes, que demoliu e retirou todo o entulho.

 

Aí então, partimos para a fase de construção. Estávamos sem verba em caixa e mesmo assim, procuramos fazer a planta da futura sede, elaborada pela Arquiteta Márcia de Abreu Pessoa, ex-integrante do Grupo, desde lobinha e com a colaboração de outro Arquiteto Pedro Luiz Zilli Porto de Oliveira, também ex-membro, desde Lobinho.

 

Para iniciarmos uma nova poupança, lançamos a “Campanha do Tijolinho” vendendo cada um a R$ 250,00, cuja adesão foi boa. Continuamos com campanhas e promoções, churrascadas etc. etc.

 

Mas estava indo devagar e para dificultar tivemos que mudar nossa sede de atividades, pois o Colégio Docas de Santos foi vendido para demolição e os alunos distribuídos em outras escolas.

 

Mudamos para o Colégio Sedes Sapientiae, longe do nosso terreno. Fomos levando a vida e juntando a verba para um dia, construirmos. Estava muito difícil conseguir todo o necessário e já estávamos analisando as várias alternativas mais econômicas, como a de colocar contêineres no terreno.

 

Enquanto isso, estávamos em um imóvel cedido pela Fundação Maria Mafhuz com a promessa de nos doar o imóvel definitivamente, o que não aconteceu a tempo, pelo falecimento do proprietário da Fundação e, seus descendes pediram para nós desocuparmos o imóvel.   

 

Então, tivemos outra prova que Deus é realmente Escoteiro: Em frente ao nosso terreno iniciou a construção de uma Faculdade e todos imóveis foram valorizados. Passamos a receber ofertas para vender o terreno.

 

Então, em 2014, mudamos a sede social-administrativa para um sobrado cedido provisoriamente sem ônus, pela instituição de apoio a terceira idade “Casa do Sol” local onde o Chefe IM Wagner de Paula Balthazar Pimenta é Diretor. Com ele iniciou-se a possibilidade da venda do terreno e da compra do sobrado em que estávamos sediados. Em poucos meses a ideia foi tomando corpo procurando corretores para avaliarem os imóveis.

 

Para nossa surpresa o terreno foi avaliado, pela localização, mais que o sobrado e resolvemos fechar o negócio, vendendo o terreno a vista por R$ 312.000,00 e adquirimos o sobrado pelo montante de R$ 250.000,00 também à vista. A reforma necessária para adequá-lo as nossas necessidades foram iniciadas na gestão do Diretor Presidente Paulo Sergio Marques Junior em 2015 e ficaram em R$ 70.000,00 e inaugurada oficialmente no dia 08/08/2015, data da fundação do Grupo, completando 65 anos de vida.

 

Agora estamos com o sonho realizado para a alegria e união de todos: a nossa sede própria!

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