Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo foi fundado em 08/08/1950, por iniciativa do Sr. Cristiano Solano.  Cristiano Solano, homem ativo e preocupado com a formação de nossa juventude, descobriu no Movimento Escoteiro o parceiro ideal para alcançar seus propósitos, visando à formação do caráter da criança e, ao mesmo tempo, homenagear seu grande amigo empresário e Ministro do Trabalho, falecido recentemente, naquela época.  Em 1950 chamava-se então,“Associação de Escoteiros do Ar Morvan Dias Figueiredo”, e sua primeira sede foi na Escola Docas de Santos, na Rua Campos Mello, 130, pois o Sr. Cristiano Solano era Diretor da Associação Docas de Santos.  Lá, conheceu grandes momentos, preparando jovens para enfrentar a vida, formando bons cidadãos, através da aplicação da Lei e Promessa Escoteira, trabalho comunitário, auxílio ao próximo e técnicas escoteiras.  Entre as mais variadas atividades, destacou-se o trabalho realizado por ocasião dos desmoronamentos nos morros de Santos e na construção da “Cidade da Criança”, sendo o Sr. Cristiano Solano um dos criadores dessa magnífica obra assistencial. 

 

Várias campanhas foram organizadas pelo Grupo Escoteiro no sentido de amenizar o sofrimento causado pelas secas do nordeste e, todos os anos, são organizadas campanhas de inverno e natalinas, em favor da população carente de nossa cidade. Nas enchentes do sul do país, na catástrofe de Cubatão, e nas campanhas de prevenção a AIDS, a atuação do Grupo Morvan foi e tem marcante.  Neste ano em que o grupo comemora seus 70 anos de fundação os jovens e adultos estiveram desde o início do ano engajados nas campanhas em favor das vítimas dos deslizamentos causados pelas chuvas de verão e logo em seguida engajados em campanhas em favor de profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus e de arrecadação de alimentos e prol das pessoas mais atingidas pela profunda crise econômica.  Voltando ao histórico do Grupo, em 1967 transferiu-se para a Base Aérea de Santos, no Guarujá (Vicente de Carvalho) onde, juntamente com o “Grupo Escoteiro do Ar Salgado Filho”, formaram o “Grupo Escoteiro do Ar Arary”, (atual Grupo Escoteiro do Ar Capitão Capelão Vicente Aguiar), permanecendo na Base Aérea, local mais indicado para a prática do Escotismo do Ar.  Em 1977, por iniciativa do Sr. Mário Brasil Espósito, antigo Chefe do Grupo, o Morvan foi reativado e reaberto em Santos, com atual denominação: “55º GRUPO ESCOTEIRO MORVAN DIAS FIGUEIREDO”. 

 

Para tanto, antigos Chefes e Escoteiros que juntos trabalharam naquela época, reassumiram o Grupo, tendo como sede de atividades o Parque Infantil Dona Leonor Mendes de Barros, no bairro do Gonzaga, em Santos.

Lá permaneceu por três anos, tendo então, em 1980, aceito o convite da Associação Desportiva da Polícia Militar para transferir-se para a sua sede esportiva, onde permaneceu até 1994, naquela época, com o apoio da Diretoria da ADPM e da Polícia Militar. Naquele local a “Família Morvan” cresceu de tal forma que se viu obrigada a construir e, posteriormente, ampliar as instalações de sua sede.   Foi trabalho incansável dos membros do Grupo, organizando campanhas financeiras, quermesses, doações de pais e amigos. Em l996, após 16 anos, o Grupo Escoteiro teve que deixar definitivamente o local, pois a Diretoria da ADPM rescindiu o comodato e as instalações prediais construídas pelo Grupo foram incorporadas ao imóvel, ficando o Grupo, sem a sua sede.  Em apoio aos Escoteiros, veio a Associação Atlética Portuguesa Santista que reconhecendo a folha de serviços prestados pelo Grupo à comunidade, o abrigou em suas dependências.  Lá, participou ativamente das suas atividades, num entrelaçamento humano e fraternal, levando o Movimento Escoteiro ao quadro associativo da Portuguesa.  Através de campanhas humanitárias realizadas pelo Grupo Escoteiro em apoio ao Instituto de Estudos e Pesquisas em AIDS de Santos, o qual possuía Diretores que pertenciam ao Escotismo, o Grupo conheceu o Dr. Rubens Mafhuz, filantropo e Presidente da Fundação Ruth Alexandre Mãos, que ficou conhecendo a situação do Grupo, cedendo graciosamente um de seus imóveis para a instalação da Sede Administrativa, como aliás, procedia da mesma forma, com várias outras entidades. 

 

Buscando aproximar o local de reuniões com a sede administrativa, em agosto de l997, o Grupo retornou às origens, transferindo o local das atividades escoteiras para a Escola Docas de Santos, na época municipalizada.  No dia 18 de fevereiro de 2003 foi adquirido um imóvel à Rua Campos Mello, 112 no qual, seria construída a sede própria, Técnica, Social e Administrativa, ao lado da sede de atividades. A aquisição daquele imóvel envolveu, mais uma vez esforço enorme de poupança, sacrifício e trabalho incansável de dirigentes, escotistas e jovens, com a participação de pais e antigos escoteiros, além de negociações judiciais com os vizinhos, que estavam em litígio com o antigo proprietário, tendo sido audaciosamente capitaneada pelo então Diretor Presidente Chefe Flávio Gomes Coelho.  No final do ano de 2006, por motivos administrativos, a Escola Docas de Santos mantida pela Prefeitura foi desativada e o imóvel, fechado. O Grupo permaneceu no local, já em condições precárias, até maio de 2007, quando, então, transferiu-se para ao Colégio Sedes Sapientae, à Rua Arabutan, 47 no bairro de Aparecida. Posteriormente transferiu suas atividades técnicas e reuniões de sábado para a FATEC situada à Av. Bartolomeu de Gusmão, em frente à praia, local com maiores condições para praticar Escotismo. Em 2013 a Fatec entrou em reforma e novamente o Grupo transferiu-se, provisoriamente até o érmino das reformas para o Colégio Barnabé, à Rua São Francisco, no Centro da cidade, com auxílio de seu então Diretor e antigo Escotista do Morvan, o Professor Wallington Licarião.

 

Nesta ocasião, o Grupo teve de desocupar o imóvel cedido pelo Dr. Mafhuz, que havia falecido e os herdeiros colocaram o imóvel à venda. Nesta ocasião o Grupo foi abrigado em um imóvel dos Mensageiros da Luz a título precário.  Enquanto isso, o imóvel adquirido pelo Grupo junto ao Colégio Docas recebeu propostas de compra, pois valorizou muito com a edificação de uma Faculdade em frente (Unifesp). Então, em Assembleia de Grupo, foi aprovada a venda do terreno e a aquisição do imóvel em que o Grupo de encontra sediado, à Rua Silva Jardim, 35. Desta forma, o Grupo vendeu à vista o terreno e comprou o sobrado também à vista e ainda ficou com uma parte em espécie, dando um saldo positivo.  Esse processo foi conduzido com êxito pelos então Presidentes Chefe Wagner Pimenta e Chefe Paulo Sérgio Marques Júnior. Após este longo período de várias mudanças e da reforma completa do sobrado recêm adquirido, finalmente foi possível ao Grupo se firmar com uma sede denominada “administrativa e social” onde são guardados materiais de campo e administrativos do Grupo, e onde são realizadas algumas atividades sociais. A Sede social própria - denominada Elmer de Souza Pessoa em homenagem justa e merecida pelos seus relevantes serviços prestados em favor do Grupo - foi inaugurada com grande comemoração no aniversário de 65 anos do Grupo Escoteiro em agosto de 2015 Nessa ocasião o Grupo retornava para a FATEC como local e sede de atividades e reuniões, a qual havia terminado as obras, recebendo da direção, uma sala para guarda de material de jogos e de uso imediato, sobrando ainda um espaço no qual os pais eram atendidos, em uma pequena secretaria. Lamentavelmente o Grupo teve de deixar o local, com a mudança de Diretoria da FATEC, o que costuma acontecer com muitos grupos escoteiros instalados em escolas, parques, clubes ou assemelhados quando ocorre mudança na direção, comando ou gestão do local. Assim, durante parte dos anos de 2016 e 2017 o Grupo foi acolhido de forma provisória nas instalações do Educandário Anália Franco, sito na Av. Ana Costa, Gonzaga, contando com a sensibilidade dos seus dirigentes. 

 

Ainda no ano de 2017 e contando com a colaboração do Grupo Escoteiro Serra do Mar e intercessão dos seus dirigentes, o Grupo conseguiu autorização para utilizar as instalações da escola municipal UME Porchat de Assis, localizada no Bairro Ponta da Praia, local onde o grupo se abrigou a partir de 2017 até meados de 2018 para realizar as suas atividades em local com área verde e maior espaço ao ar livre.  Ainda em 2017, visando melhores condições de atividade o Grupo Escoteiro procurou a Capitania dos Portos de São Paulo para solicitar o uso de uma instalação de apoio desativada havia alguns anos e encontrada em estado de completo abandono, causando inclusive incômodos e transtorno para a vizinhança, pois o local abrigava pilhas e pilhas de entulho, ninhos de pombos em área do Porto sem o devido controle populacional, servindo ainda como esconderijo propício para ratos e baratas e o pior, como criadouro de mosquitos da dengue e outras doenças vetoriais; sem mencionar a aglomeração de usuários de drogas no entorno do imóvel de 9 mil metros quadrados.

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